Otto Enrique Trepte, mais conhecido como Casquinha da Portela foi um cantor e compositor brasileiro.
Fez parte da ala de compositores da Portela.
Autor de clássicos como ‘Recado’ e ‘A Chuva Cai’, ele foi gravado por Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Zeca Pagodinho e outros grandes nomes.
Morou em Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte. Mudou-se ainda criança, após a morte do pai, para Oswaldo Cruz.
Ganhou o apelido inusitado na escola depois de ter comido um pedaço de carne que caíra do prato de um colega.
Meio-campo talentoso, disputou por diversas vezes a 2a Divisão do Campeonato Carioca.
Também foi bancário durante anos.
A convite de Candeia, passou a frequentar os ensaios da Portela, onde despontou como compositor reconhecido e atuante, chegando a ocupar, anos depois, o cargo de presidente da renomada ala de compositores da agremiação.
Em 1959, em parceria com Candeia, Waldir 59, Altair Prego e Bubu, escreveu o samba-enredo “Brasil, Pantheon de Glórias”, com o qual a Portela foi campeã.
Em 1964, Casquinha tornou-se o 1° parceiro de Paulinho da Viola na Portela, no Samba “Recado”, que virou um clássico da MPB, tendo sido gravado por Elza Soares, Nara Leão, MPB-4, Jair Rodrigues e outras estrelas.
Preta Aloirada”, “Sonho do Escurinho” e “Gorjear da Passarada” também se destacam na extensa produção musical de Casquinha, que consagrou-se, ainda, como representante do samba sincopado e do partido-alto.
Pai de 3 filhos, Casquinha brilhou durante anos na tradicional comissão de frente da Portela.
Também tinha cadeira cativa no carro que trazia a Velha Guarda e outros portelenses ilustres. Desfilou em sua escola do coração pela última vez em 2017, sendo campeão.
Salve Mestre Casquinha!
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