A História de Marquinhos de Oswaldo Cruz

⭐ Rio de Janeiro, 4 de outubro de 1961.
 

Marcos Sampaio de Alcântara, ou Marquinhos de Osvaldo Cruz é um cantor e compositor brasileiro. Defensor da tradição secular do samba dos subúrbios cariocas, Marquinhos de Oswaldo Cruz é antigo frequentador de rodas de samba do Rio de Janeiro.

O universo musical em que Marquinhos foi criado, foi fundamental para definir sua identidade de compositor e toda sua sensibilidade.

O rapaz nascido em Madureira e criado em Oswaldo Cruz, dois redutos de escolas de samba, tem forte relação com o bairro que incorporou ao nome artístico.

Caixeiro na loja de materiais de construção dos pais no início da juventude, no subúrbio, Marquinhos mal sabia que os clientes eram reconhecidos compositores de partido alto.

O tio foi o responsável por apresentá-los “Este é Manaceia, compositor da Portela; Este, Ivan Milanez, do Império Serrano”.

Marquinhos conta orgulhoso que, com o tempo e o convívio, a admiração pelos músicos cresceu e tornou-se mútua.

O falecido Manacéia José de Andrade, por exemplo, convidou-o em fins de 1980 — já depois de ensiná-lo a tocar cavaquinho — a gravar uma fita para Zeca Pagodinho.

Com o tempo o cantor tem uma qualidade primorosa. Seu Samba não é comercial. Na verdade ele não é comercial. E isso o torna é maravilhoso.

Em 1995, foi um dos reorganizadores do famoso “Pagode do Trem”, encontro iniciado na década de 1930 por Paulo da Portela, quando os sambistas, após um dia de trabalho, voltavam para Oswaldo Cruz no trem das 18h5min.

Num desses vagões, organizavam reuniões e discutiam a organização do carnaval, sempre com muito samba.

Reorganizou este encontro no “Dia Nacional do Samba” (2 de dezembro), que entrou para o calendário turístico do Rio de Janeiro.

No ano de 1998, Beth Carvalho interpretou de sua autoria “Uma geografia popular” (com Edinho Oliveira e Arlindo Cruz) no disco “Pérolas do pagode”.

Neste mesmo ano interpretou “Luz de verão” (Marquinhos de Osvaldo Cruz e Candeia) no CD “Eterna chama – Candeia 20 anos – Memória”, lançado pela gravadora Perfil Musical.

A música foi resgatada de uma fita cassete gravada por Cristina Buarque na década de 1970 e a letra foi posta anos depois por Marquinhos de Osvaldo Cruz.

No ano 2000, sua composição “Verde bandeira”, em parceria com Luis Carlos Máximo, foi gravada por Dorina no disco “Samba.com”.

Neste mesmo ano, lançou pelo selo Rob Digital o 1° disco solo. No CD interpretou “Homenagem à Velha-guarda” (Monarco), “Minha querida” e “Manhã brasileira”, ambas de Manacéia, “Enquanto a cidade dorme” (Nelson Cavaquinho e Jair do Cavaquinho), “Meu bairro” (Casquinha) e “Muito embora abandonado”, de autoria de Mijinha.

A festa de lançamento, com roda de samba, ocorreu na tradicional casa da tia Surica, em Madureira, subúrbio do Rio de Janeiro.

Marcaram presença, além da dona da casa – pastora da Velha-guarda da Portela -, Walter Alfaiate, Casquinha, Argemiro, tia Eunice e Sérgio Cabral, entre outros.

Em 2001, ao lado de Renatinho Partideiro, apresentou o show “Uma geografia popular” no teatro João Caetano, no Rio de Janeiro.

Em 2003 com a Velha Guarda da Portela montou a apresentação “Pagode da família portelense”, com feijoada da Tia Vicentina e convidados, na Quadra da Portela e foi um dos convidados de Sergio Natureza, diretor artístico do projeto “Prêt-à-Porter”, apresentando-se no Teatro Café Pequeno, no Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro.

No ano de 2005 ganhou o 2° lugar no “Festival de Samba de Terreiro da Portela” com a composição “Portela canta”.

Foi um dos idealizadores da Feiras das Yabás que a partir de 2008 passou a ser realizada nas imediações da Praça Paulo da Portela, unindo samba e gastronomia.

Em 2012 participou das comemorações dos 5 anos do projeto “Samba Social Clube”, em show que fez parte de uma grande festa realizada na Fundição Progresso, no Rio de Janeiro, na qual se apresentaram também Beth Carvalho, Diogo Nogueira, Casuarina, e a Velha Guarda da Portela.

Em 2015 apresentou-se em Lille e Nice, na França, com o Trem do Samba. 

Militante do Samba e da cultura negra, Marquinhos colhe o reconhecimento a partir da velha guarda da Portela, que o viu crescer, e sempre se refere ao compositor como sendo sua continuidade.

Também é reconhecido como uma forte potência e revelação do Samba tradicional.

Salve, @marquinhosdeoswaldocruz!

Salve o sambista brasileiro!

Fontes: Dicionário Cravo Albin / Filho de Jorge blog

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