A História de Dona Zica

Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1913.
Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2003.
Causa: problemas cardíacos.

Dona Zica, apelido de Euzébia Silva do Nascimento, foi uma sambista da velha guarda da Estação Primeira de Mangueira e a esposa do sambista Cartola.

Também conhecida como a Primeira Dama do Samba, foi Liderança e referência feminina no Morro da Mangueira.

Nasceu em um domingo de Carnaval, no bairro da Piedade, RJ. 

Órfã de pai, que morreu quando ela tinha apenas um 1 ano de idade, foi criada pela mãe lavadeira.

Zica mudou-se ainda pequena com a família para o Buraco Quente, onde foi uma das primeiras integrantes da verde e rosa.

Casou-se, ainda muito jovem, com um craque de futebol do bairro, Carlos Dias do Nascimento, com quem teve 5 filhos e adotou mais um.

Com a morte do marido, após 20 anos de casamento, trocou a fábrica de tecido onde trabalhava pela cozinha de uma das grandes sociedades do carnaval carioca.

Cartola também se casou, porém não teve filhos, porque era estéril. Após ficar viúvo, viveu mais de 10 anos longe da Mangueira.

Um dia, voltou e reencontrou sua antiga amiga, Zica, e passou a namorá-la. Casaram-se e viveram juntos 26 anos.

Foi lavadora de pratos, ajudante de cozinha e, finalmente, cozinheira do Clube Bola Preta.

Seu talento gastronômico, foi decisivo na alavancada obtida na vida do casal.

Zica é considerada responsável por ser a maior incentivadora de Cartola a voltar para o Morro da Mangueira e para o samba.

Ao lado de Zica, Cartola passa de lavador de carros, a contínuo do Diário Carioca, cobrador e, finalmente, funcionário público.

Responsável pela zeladoria de um velho prédio na Rua dos Andradas, centro do Rio, sede da Associação das Escolas de Samba, o casal faz do lugar um ponto de encontro, que mais tarde viraria o maior celeiro do samba de todos os tempos: o bar e restaurante Zicartola.

Com Cartola comandando a música e Dona Zica na cozinha, o Zicartola é considerado um marco na noite carioca.

Fundado no início da década de 1960, o espaço possibilitou também o resgate de velhos sambistas como Nelson Cavaquinho, Ismael Silva e Zé Kéti e deu espaço para o surgimento de uma nova geração do samba e da MPB.

O restaurante não durou muito, mas foi na sua época áurea que Zica e Cartola oficializaram a união na igreja. 

 

Uma das mais belas composições de Cartola, o samba “Nós Dois” foi composto especialmente para a ocasião do casamento, realizado na Paróquia Nossa Senhora da Glória.

Mesmo com a morte do poeta em 1980, Dona Zica continuou exercendo seu papel de liderança e referência para a preservação da identidade do samba carioca.

Foi uma das 1as integrantes da Estação Primeira de Mangueira, tendo participado do 1° desfile da agremiação, em 1928.

Coordenou durante muitos anos a confecção de fantasias da escola e foi uma das principais pastoras da Velha Guarda da Mangueira, desde que o grupo foi fundado em 1965.

Dona Zica participou da novela Xica da Silva e teve sua biografia escrita pela escritora pernambucana Odacy de Brito Silva.

Em 2003, no ano que nos deixou, a grande dama da verde e rosa foi homenageada com a publicação de “Tempero, Amor e Arte”, livro escrito pela neta, Nilcemar Nogueira, e pelo jornalista e pesquisador Sergio Cabral.

O livro conta com mais de 40 receitas, além de histórias exclusivas sobre a mulher que se consagrou como das mais principais lideranças do samba carioca.

Salve as grandes damas do Samba!

Salve, Dona Zica!

Quer saber mais sobre a grande dama verde e rosa?

Matéria completa na aba histórias no nosso site. Link na bio.

 

Fontes: Catracalivre / Wikipédia

🎤

SAMBA-OKÊ - Karaokê de Samba!

SAMBA-OKÊ - O primeiro Karaokê de Samba e Cultura Negra da História!

📚

Todas as histórias? Clique abaixo:

📱

Quer sua história contada aqui? Chame no What's App: (21)98505-4190.