A História de Silas de Oliveira

Silas de Oliveira foi um compositor e sambista brasileiro que desde menino frequentou as rodas de Samba, apesar da resistência do pai, que era pastor 

protestante e via no Samba uma ‘manifestação do diabo’. 


O pai, dono do Colégio Assumpção, arrumou uma vaga de professor para o filho, tão logo ele concluiu o Científico. 


Ele pretendia que, com a profissão, o filho abandonasse o gosto pela música. 


Silas dava aulas de Português e nessa época fez amizade com o jornaleiro Mano Décio da Viola, que se tornaria seu maior parceiro. 


Pelas mãos dele Silas sobe os morros cariocas atrás de rodas de Samba e frequenta também os tradicionais pagodes nas casas das tias baianas, regados a muita bebida, comida e batucada. 


Seu talento como compositor começa a se revelar.


Em 1946, Silas de Oliveira e Mano Décio compõem o samba-enredo ‘Conferência de São Francisco’ ou ‘A Paz Universal’, para a escola de samba Prazer da Serrinha. 

Seguindo o decreto oficial do então Presidente da República Getúlio Vargas que exigia que as escolas desfilassem com temáticas nacionalistas em seus enredos.


Porém, o presidente da Prazer da Serrinha, Alfredo Costa, não aceita a inovação – o samba-enredo obrigatório – e cancela sua apresentação no momento do desfile, o que gerou revolta nos compositores e culminou na fundação do Império Serrano, dias depois. 


O fundador Silas integra a nova agremiação desde seu primeiro desfile, tornando-se reconhecido como um dos grandes compositores de escola de samba. 


Sagrou-se campeão, logo no ano seguinte, no carnaval de 1948.

 

Silas dedicou 28 anos de sua vida ao Império Serrano e nesse período fez 16 sambas-enredo para a escola, dos quais 14 foram apresentados no desfile oficial.

 

Muitos dos seus Sambas se tornaram clássicos do gênero, como ‘Aquarela Brasileira’ (1964) e ‘Os Cinco Bailes da História do Rio’ em parceria com Dona Ivone Lara.

 

Em 1969 compôs ‘Heróis da Liberdade’, num ano em que o jeito de fazer samba-enredo passava por grandes modificações, sobretudo no andamento acelerado, lembrando marcha carnavalesca.

 

Em 20 de maio de 1972 que demos adeus ao poeta. 

 

Silas de Oliveira foi a uma roda de Samba, pensando arranjar dinheiro para matricular uma de suas filhas no vestibular. No momento em que cantava ‘Os Cinco Bailes da História do Rio’, sofreu um infarto fulminante e morreu no terreiro, onde passou a maior parte de sua vida.

 

Até hoje ele é considerado o melhor compositor de Sambas de Enredo.

 

Obrigado, Mestre Silas!

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