Autor: admin

Especial Consciência Negra – Karaokê 16/20 – Império Serrano 1969 – Heróis da Liberdade

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“Já raiou a liberdade
A liberdade já raiou
Esta brisa que a juventude afaga
Esta chama que o ódio não apaga
Pelo universo é a evolução
Em sua legítima razão”

Evolução. Evoluir é aprender, se tornar melhor. A raça humana lá nos primórdios não era muito diferente dos outros animais carnívoros. Perceberam que em grupos tinham mais chance de sobreviver. Começou a vida em SOCIEDADE. Surgiu a PROPRIEDADE. “Isso é MEU”. Com a necessidade de se ter o que o outro tinha, surgiu a TROCA(escambo). Mais pra frente, para facilitar a logística de se adquirir algo para incluir na sua propriedade, surgiram as moedas. A partir daí, deu ruim. Começou a valer de tudo para se ter a tal da moeda. Desde trair seu próprio messias a escravizar civilizações inteiras. E dentre todas as  escravidões a mais recente foi a do povo negro. Por isso é a que mais tem reflexo nos dias atuais. A libertação nao foi concedida, foi conquistada. Mas a declaração de abolição por si só, além de uma grande conquista do povo negro, é um marco na evolução dos humanos. A maioria dos descendentes dos fazendeiros hoje já acha que a escravidão foi um absurdo(Tem uns que não, queriam que ela voltasse mesmo). Quem sabe daqui a muitos anos poderão estar cogitando uma real reparação? Vem evolução, chega logo!

E pra comemorar esse marco evolutivo, bora cantar Heróis da Liberdade, esse samba enredo lindão? Versão do mestre @dudunobresamba. O link do youtube tá na bio.

Na ilustração: Tereza de Benguela. Líder do Quilombo de Quariterê, que resistiu por duas décadas. O mais interessante lá é que Tereza dividia a administração com representantes de cada raça. Tinha um parlamento composto igualitariamente por representantes dos Negros, Brancos(Sim, ela aceitava brancos rebeldes) e Índios que lá moravam. Igualzinho o Brasil de hoje né? Kkkkkk Em homenagem a Tereza de Benguela, o dia 25 de julho é oficialmente no Brasil o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

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Especial Consciência Negra – Karaokê 15/20 – Marquinho Sathan – Negritude Axé

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“No cinema ela é negra,
Ela é,
Ela é chique, ela é Chica da Silva, é Zezé
Grande Otelo é maior que ele é
É da Vila, é Martinho, é Ferreira, é José”

Karaokê Consciência Negra – 15/20 – Negritude Axé (Arlindo Cruz/ Bandeira Brasil/Franco)

Vamos falar um pouco de representatividade? O quanto é importante a gente deixar de lado a falsa máxima de que é todo mundo igual quando sabemos que não é? Somos diferentes e, precisamos sim, respeitar e amar nossas diferenças e a do próximo. E se esse é nosso DEVER, acredito que tenhamos o DIREITO de ter representatividade. Passamos a vida inteira acreditando que o bom, o legal e o padrão e o bonito é o Europeu por falta de representatividade. Tudo que vimos… As princesas, os heróis, os apresentadores, os protagonistas de filmes e novelas, OS POLÍTICOS(HOJE TEEEEEM)… A gente não se via lá. E esse mal não é sofrido apenas pelos negros, não. Índios, homossexuais, mulheres e outros grupos passam pelo mesmo problema. Traga sempre para os seus filhos e netos as histórias de pessoas parecidas com eles que se destacaram. Isso é muuuuito importante.

O karaokê de hoje exalta várias referências do povo preto. Pra cantar essa música do meu querido mestre @marquinhosathan_oficial e muuuitos outros sambas, é so clicar no link no meu perfil.

Na ilustração: Grande Otelo. Considerado por muitos o maior ator que o Brasil já teve. Uma vez, numa entrevista pra tv, perguntaram: “Grande Otelo, você acha que ainda existe racismo?”. Aí ele respondeu: “Se não existisse você não teria a necessidade de fazer essa pergunta”.

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Especial Consciência Negra – Karaokê 14/20 – Ponto de Umbanda – Esperança Para um Novo Amanhecer

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“São os velhinhos da Umbanda
Que encaminham nossas vidas
Esqueceram o terror da senzala
Do cativeiro, as crueldades
E voltaram pra essa terra
Pra prestar a caridade”

Primeiro Ponto de Umbanda em karaokê. Por que isso? Porque tem que ter ué. Tem de música católica, evangélica, etc. Não tem problema ter da nossa religião. Você sabia que a Umbanda foi fundada porque em algumas reuniões de centros espíritas as almas dos negros escravizados não estavam sendo aceitas pelos médiuns? Não eram consideradas dignas e eram expulsas das sessões. Apenas os espíritos de grandes doutores, pessoas superestudadas, pessoas que foram brancas, eram bem vindos… lNACREDITÁVEL. Chega a ser estranho ter que afirmar que até espírito sofreu racismo no Brasil…
Dessa forma surgia a Umbanda, uma religião onde os espíritos de negros escravizados eram bem vindos para nos dar suas palavras de conforto e sabedoria, e nos abençoar com toda a sua fé e todo seu amor! É bem isso gente, não é coisa do Diabo, não. Uma religião que tem como palavra chave a Caridade não pode ser nunca associada ao mal.

Agora quero ver quem tem a mesma coragem dos meus vizinhos que interpretam seus lindos hinos gospel e cantar esse ponto de umbanda bem alto! O Estado é laico e o link pro youtube tá na bio.

Na ilustração: Pai Benedito. Viveu em Angola entre o ano de 1608 a 1630, logo depois foi vendido como escravo para fazendeiros brasileiros. Viveu sempre em cativeiro, trabalhando na lavoura de cana-de-açúcar. Naquele tempo já possuía o dom da cura, pois com as ervas já tratava os ferimentos de seu povo. Morreu aos 98 anos de velhice, cansado daquela vida. Mesmo tendo sofrido muito aqui na terra, é um espírito muito calmo, de muita sapiência.

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Especial Consciência Negra – Karaokê 13/20 – Nego Álvaro – Estranhou O Quê?

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“Estranhou o quê? Preto pode ter o mesmo que você”.

Lembro que um dia meu pai estava no quintal cuidando de suas plantas como de costume. Até ali, tudo normal. Eis que se aproximam alguns evangélicos que o avistam pela grade. Eles falam: “Ei, você, pode chamar o dono da casa, por favor?”. Kkkkkk. Seria tão difícil imaginar que a casa era dele? Ele é a cara do Morgan Freeman, que é um cara beeem rico. Mesmo assim a associação ao status social da pessoa pela cor da pele é muito mais forte do que pela fisionomia. E se a casa não fosse dele, a palavra de Deus só serve pro dono da casa, pro jardineiro não? Kkk isso é outro assunto… Então meu pai educadamente respondeu que era ele o dono, só que infelizmente não poderia comparecer à igreja, pois já estava feliz com sua atual religião. Finalizou desejando boa sorte para os fiéis. É sério, se você é negro e tem as coisas, mó galera vai estranhar…

Pensando nisso, bora cantar aquele hino? A versão do sempre brabo @negoalvaro ficou maravilhosa! O link tá na minha bio.

Na ilustração: Oprah Winfrey. A mulher mais rica do ramo do entretenimento do século XX. Antes de se tornar multimilionária, foi muito pobre. Filha de mãe solteira, Oprah foi criada por sua avó, que a vestia com roupas feitas de tecidos de sacos de batatas. As coisas melhoraram, né, minha filha?

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Especial Consciência Negra – Karaokê 12/20 – Zeca Pagodinho – Minha Fé

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“Eu tenho um santo padroeiro poderoso que é meu Pai Ogum”.

Karaokê Consciência Negra 12/20 – Minha Fé (Murilão da Boca do Mato)

Não precisamos discutir que @zecapagodinho é o sambista mais influente do mundo, né? Então, também não haverá conflito quando eu disser que ele gravar essas músicas de “macumba” e colocar o Brasil inteiro para cantar é uma vitória enorme para o povo preto. Nossa religião, nossas entidades… que mágico! Tudo o que sempre foi tratado como bruxaria/feitiço/coisa do demônio passa a ser aceito por muitos, que mesmo sem entender muito bem, passam a olhar as divindades como protetores. “Peraí, se o Zeca tá cantando, esse Xangô deve ser parceiro!”

Valeu, Zeca!

Bora lá no canal cantar esse clássico lançado hoje em versão para cantar. Aliás, não sei por que ainda não existia o karaokê desse samba! O link está no meu perfil.

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Especial Consciência Negra – Karaokê 11/20 – Viradouro 2020 – De Alma Lavada

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“Levanta, preta, que o sol tá na janela. Leva a gamela pro xaréu do pescador. A alforria se conquista com o ganho, e o balaio é do tamanho do suor do seu amor.”

Karaokê 11/20 – Viradouro 2020 – De Alma Lavada

Vamos falar de Carnaval? A Grande Festa do Povo Negro! A grande festa para o povo negro ver na televisão, só se for. Há quem diga que a cultura se perdeu. Eu digo que ela foi tomada. Agora são Escolas de Samba S/A. É preciso ter muita grana para curtir um carnaval confortável naquela mesma sapucaí que a gente acreditava que era para o povão. E o pior, tiveram que adaptar para receber esse público de grana. O maior show da Terra acontecendo e a poucos metros de distância, num camarote qualquer, está rolando um show de sertanejo ou aquele funk da pesada. Se quiseram tomar o espaço porque não deixam como opção apenas o desfile para valorizar nossa cultura? Não dá tanta grana, né? Eu hein, tenham consciência!

O Karaokê do dia é o samba campeão do carnaval de 2020. Uma homenagem muito bonita que a galera que estava na festa pop no camarote nem se ligou! Bora lá no “Iutubiu” cantar? O link tá no meu perfil.

Na ilustração: As Ganhadeiras de Itapuã. Ganhadeiras eram escravas e filhas de escravas que vendiam comida e outros bens de consumo. Algumas chegaram a comprar sua liberdade com o que vendiam, mesmo tendo que dar a maior parte do valor arrecadado para seus “donos”. Hoje existe o grupo musical com o mesmo nome que contam e cantam as histórias das vendedoras de barraquinha desde a época da escravidão até os dias de hoje.

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Especial Consciência Negra – Karaokê 10/20 – Neguinho da Beija-Flor – Problema Social

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“Muitos me chamam pivete, mas poucos me deram apoio moral… Se eu pudesse eu não seria um problema social”

O papo hoje é morador de rua. Todos nós sabemos que os negros são a maioria daqueles que levam vida de mendigos. Cada um com sua história, não podemos julgar porque eles foram parar ali, mas podemos ter certeza que existe um reflexo direto da escravidão e do FIM DELA. Quando abandonados à própria sorte pelo Estado que nos “libertou”, muitos negros preferiram continuar como escravos, pois bem ou mal, em suas fazendas, tinham um teto. Outros não, foram “tentar o azar”, livre das correntes. Os que se saíram melhor na empreitada foram os que conseguiram fazer um barraco no morro. Tudo tem um porquê. As coisas são como são porque algo muito grave foi feito lá atrás. A vida do morador de rua vale tanto quanto a sua. Agradeça pelo seu teto e ajude como puder. A responsabilidade é do Estado, EU SEI. Mas o Estado não vai fazer nada, VOCÊ SABE. Acredito que daqui a 300 anos, com mais uma etapa de evolução concluída, quando os humanos olharem pra trás vão achar esse comportamento de deixar pessoas morando nas ruas tão cruel quanto a própria escravidão. As pessoas falarão: “Caraca, como pode? Um ser humano na rua mendigando pela sua vida e o outro preocupado com carro do ano? Primatas! Selvagens!”

O karaokê de hoje fala sobre o assunto, bora lá cantar essa crítica social? Versão do meu ídolo @neguinhodabeijafloroficial O link tá na bio.

Na ilustração: Chris Gardner. Um grande empresário que um dia já morou nas ruas. Você conhece a história dele. Sua vida inspirou o emocionante filme “À Procura da Felicidade”, com @willsmith. Gardner investe milhões de dólares em projetos sociais.

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Especial Consciência Negra – Karaokê 09/20 – Mart’nália – Angola

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“Sou filha da Angola, sou neta da Bahia, sou cria da poesia que vem das ondas do mar”

Sabia que a maior parte dos negros escravizados foram trazidos de Angola? A chance da gente ter nascido lá seria enorme, se não tivessem sequestrado nossos parentes.  Hoje a gente está acostumado, adaptado, muitas vezes até, sem parar pra pensar nisso por aqui. Brasil… uma bandeira que nao foi a gente que inventou, um país que fomos forçados a construir. E hoje jogamos um jogo que nao criamos… Logo, a chance de perder pros criadores é altíssima. Fiquem espertos. Sejam CONSCIENTES.

O karaokê do dia é dessa música perfeita da maravilhosa @tnalia que traz a Angola todinha para os nossos ouvidos. Agora, tem que ter coragem pra cantar, pq não é fácil não, kkkk. O link já sabe que está no meu perfil. Partiu youtube?

Na ilustração: Agostinho Neto, líder na luta pela independência da Angola e primeiro Presidente do país. No dia 17 de Setembro, Angola celebra o Dia do Herói nacional, data do seu aniversário.

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Especial Consciência Negra – Karaokê 08/20 – Jorge Aragão – Cabelo Pixaim

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“Quero teu amor, Crioula…”

Hoje o papo é a escassez de casal negro empoderado. Já começo deixando bem claro que não há nada de errado de um negro amar uma branca, uma negra amar um branco, um branco amar um negro e etc. DESDE QUE HAJA AMOR VERDADEIRO. São poucos os negros que melhoram de vida e escolhem uma pessoa negra como companheira. Tipo quase nenhum mesmo. Geralmente escolhem pessoas brancas que já nasceram em famílias ricas. Seria um tipo de troféu? Na cabeça deles, um parceiro branco vem no kit da ascensão social junto com carro bom e casa boa? Será que aquele parceiro branco ficaria com aquele negro se o tivesse conhecido lá atrás, na época dos bolsos furados? Na época em que o sucesso ainda era apenas um sonho? Pensa daí que eu penso daqui.

O karaokê de hoje é Cabelo Pixaim, uma música que sempre foi muito importante para a autoestima do negro. Nada melhor do que estar no samba e mandar aquele “Graças a Deus”, agradecendo a cor de nossa pele. Bora lá no youtube cantar? Clica no link no meu perfil.

Na ilustração: @taisdeverdade e @olazaroramos. Um casal que de repente não tem nem noção da importância que tem para a nossa luta. Na verdade eles têm noção sim. São pessoas CONSCIENTES.

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Especial Consciência Negra – Karaokê 07/20 – Roda de Bamba – Herdeiros

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“Ah, meu velho pai… essa memória que de mim não sai, foi na senzala que aprendeu a amar. Foi o Quilombo que chamou de lar. À benção meus avós, que sempre oram por nós, dou a vida a minha mãe, que me deu meu caminhar.”

Essa música linda exalta a importância da família, da ancestralidade. Se a pessoa é preta e pobre, já nasce sendo puxada pela corda que está em seu pescoço, mas se tem uma família desestruturada, suas chances são ainda piores. O amor à família é o maior legado que todos nós podemos deixar, e é a causa mais nobre para persistirmos na luta e melhorarmos de vida. Por favor, passe esse amor ancestral à frente!

Karaokê disponível no canal do youtube(link no meu perfil).

Na ilustração: Carolina Maria de Jesus, catadora de lixo, moradora de uma favela em São Paulo que teve como maior feito criar 3 filhos sozinha. Ah, já ia esquecendo… Com o tempo que sobrou ela se tornou uma das maiores escritoras do Brasil, e o seu livro “Quarto de Despejo: Diário de Uma Favelada” foi traduzido para quatorze línguas!

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