Autor: admin

Cosme e Damião / Doum

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Sacolinha cheia de doces para a criançada. Essa é uma imagem comum no dia 27 de setembro, pois nesta data as religiões de matrizes africanas comemoram o dia de “Cosme e Damião”.
A história dos gêmeos médicos que curavam sem cobrar já existe há quase 2 mil anos e sobrevive em forma de fé. Os doces são distribuídos para manter a bondade e a caridade dos irmãos.
Por difundir a fé em Cristo enquanto curavam, Cosme e Damião foram perseguidos e mortos pelo imperador romano Deocleciano, no dia 27 de setembro. 
Nas religiões de matrizes africanas, algumas imagens de Cosme e Damião tem uma 3a criança menor entre os gêmeos. Trata-se do Doum. Várias lendas explicam quem é a 3a criança. Uma delas conta que Cosme, Damião e Doum eram trigêmeos e que com a morte de Doum os outros irmãos se tornaram médicos para curar a todas as crianças, sempre de forma gratuita. Doum é considerado o protetor das crianças até 7 anos de idade.
Diferente das religiões de matrizes africanas, a religião católica comemora a data dos gêmeos em 26 de setembro. Cosme e Damião, além de protetores das crianças e dos gêmeos, também são considerados patronos dos médicos e dos farmacêuticos.  
Em homenagem à criançada, Doum, São Cosme e São Damião lançamos em nosso Samba-Okê as músicas: “Falange de Erê” e Patota de Cosme, versões de Zeca Pagodinho.

Você teria alguma informação a mais sobre estas entidades? Gostaria de ver o post sobre alguma outra entidade da nossa fé? Qual? Deixa aí no comentário pra gente trocar essa idéia.

Ogum / São Jorge

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O Dia de São Jorge é celebrado por várias nações no dia 23 de abril que é a data tradicionalmente aceita do falecimento do santo.
Também conhecido como Jorge da Capadócia foi, conforme a tradição, um soldado romano venerado como mártir cristão. É um dos santos mais venerados no Catolicismo, na Igreja Ortodoxa, bem como na Comunhão Anglicana. É imortalizado na lenda em que mata o dragão.
No Rio de Janeiro, o dia de São Jorge, feriado estadual, é um dia de festas populares, tais como feijoadas, queima de fogos, entre outras comemorações.
O sincretismo religioso permite que ele seja celebrado tanto pelo catolicismo quanto pelas religiões de matriz africana, com feijoadas, missas, giras e festas. Ele é São Jorge para os católicos e Ogum para os umbandistas e candomblecistas.
Na religião africana yorubá, os orixás são como intermediários entre Olórun (Deus) e os seres humanos. Ogum é o orixá de vestes azul e branco ou vermelho e branco, senhor do ferro, da guerra, da agricultura e da tecnologia. Seus filhos costumam pedir força e proteção.
Esse é um dia lindo para saudar, rezar e cantar para São Jorge desde a sua alvorada.
E ele merece uma homenagem a altura em nosso Samba-Okê, então dá uma olhada lá no canal que tem 8 karaokês novos pra saudarmos Ogum e Jorge!.
“Um guerreiro valente que cuida da gente…”

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3 de Agosto – Dia da Capoeira

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3 de agosto, desde 1985, foi o dia escolhido para comemorar, no Brasil, o dia da capoeira e do capoeirista.
A capoeira é uma expressão cultural brasileira que engloba arte marcial, dança, cultura e música, mas antes de ser uma arte, a capoeira simboliza a luta e resistência dos povos africanos e afro descendentes que foram escravizados no Brasil.
Para se defender das violências na maioria das vezes aplicadas pelos capitães do mato e feitores, essa população começou a desenvolver um estilo de luta, a capoeira.
Como eram proibidos de praticar qualquer tipo de arte marcial ou de possuírem armas, os negros escravizados utilizaram o seu próprio corpo como arma e desenvolveram a criação de golpes e de movimentos de defesa. Para não levantarem suspeitas, foi adaptado aos movimentos de luta cantos da África para que, dessa maneira, ela poderia ser percebida como uma dança. Além disso, acredita-se que a prática da capoeira tinha como objetivo esquecer os horrores da escravidão e manter tradições africanas.
Em 2014, a capoeira foi finalmente declarada patrimônio imaterial pela UNESCO. Tornou-se um aspecto cultural, presente em dezenas de países e em todos os continentes. 
Em homenagem a esse dia especial da nossa cultura lançamos em nosso Samba-Okê a música “Zum Zum Zum, Capoeira Mata Um”.

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26 de Julho – Dia do Jongo

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O jongo, também conhecido como caxambu é uma dança brasileira de origem africana que é praticada ao som de tambores, como o caxambu. Faz parte da cultura afro-brasileira. Influiu poderosamente na formação do samba carioca, em especial, e da cultura popular brasileira como um todo.
Inserindo no âmbito das chamadas danças de umbigada, o jongo foi trazido para o Brasil por negros bantus, sequestrados, para serem vendidos como escravos.
O jongo é, ainda hoje, bastante praticado em diversas cidades do RJ, SP e MG.
O grande fruto do jongo, sem dúvida, foi o Samba! Com seus tambores artesanais feitos de tronco e pele de animal afinados a fogo, o Jongo era o ritmo mais tocado no alto das primeiras favelas. Nas casas dos antigos sambistas e compositores de respeito da velha guarda das escolas de samba, haviam sempre rodas de Jongo. 
Na cidade do RJ, dos pontos de jongos que ainda existem, destacam-se o “jongo da serrinha” (madureira) e o “caxambu do salgueiro”.
Em homenagem a essa data e ao resgate histórico dessa dança singular lançamos em nosso Samba-Okê a obra “Jongo da Serrinha – Vapor da Paraíba”.
Viva o Jongo! Viva o Samba!

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25 de Julho – Dia da Mulher Negra

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Dia da Mulher Negra foi inspirada no Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha.
Essa data também é o Dia Nacional de
Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu no atual Estado de Mato Grosso durante o século XVIII. Em homenagem, são realizadas audiências públicas, festivais, 
seminários, conferências e feiras, entre outras atividades, que têm por objetivo reafirmar a identidade, a história e a luta das mulheres negras brasileiras.

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21 de Março – Dia Internacional Contra A Discriminação Racial

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O Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e celebra-se em 21 de março em referência ao Massacre de Sharpeville.
Mesmo com todas as campanhas e protestos ainda existem milhares de sites, blogs e sites de relacionamentos que pregam o racismo, genocídio, neonazismo. As pessoas aproveitam a facilidade de criar perfis falsos para disseminarem o ódio racial e intolerância.
Nesse contexto convidamos vocês para refletir e cantar em nosso Samba-Okê(Link para o canal na Bio)a música: “O Invocado”, de mestre Candeia e Casquinha.
Essa música trata da situação do povo negro marginalizado e que fica na maioria das vezes “invocado” por falta de trabalho, falta de comida e moradia decente.

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Especial Consciência Negra – Karaokê 20/20 – Candeia – Dia de Graça

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“Aí, então, jamais tu voltarás ao barracão”

Karaokê 20/20 – Candeia – Dia de Graça

Através dos diversos movimentos e manifestações culturais que ocorrem neste mês, principalmente no dia de hoje, muitas pessoas são conscientizadas. Então sem essa de “data desnecessária, consciência tem que ter todo dia”

Essa música do karaokê escolhido para encerrar significa muito para mim, pois já fiz um vídeo para ela e foi a minha primeira edição que teve reconhecimento. Este vídeo foi escolhido para ser apresentado no dia da formatura do meu primeiro curso de edição de vídeos, e foi muito aplaudido É do meu samba favorito do Mestre Candeia: Dia de Graça! O vídeo está disponível no youtube. Tentei postar aqui mas tomei um block feião kkkk.

Encerramos assim nosso ciclo do Novembro Negro. Bora lá no youtube cantar(link na bio)?

Feliz dia da Consciência Negra, meu clã!

Na ilustração: Candeia. Gigante, Mestre, Versátil. E um cara sempre preocupado em usar o seu reconhecimento no samba para tentar conscientizar seu povo. AH, SE TODOS FOSSEM ASSIM…

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Especial Consciência Negra – Karaokê 19/20 – Kizomba, A Festa da Raça – Vila Isabel 1988

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“Valeu Zumbi, o grito forte dos Palmares!”

Em 1988, 100 anos depois da assinatura da Lei Áurea, a Mangueira e a Vila vieram com tudo trazendo críticas ao racismo direto para a avenida. A verde e rosa, desde o início do samba, já duvida do fim da escravidão e pergunta por onde anda a liberdade.
A Vila, por sua vez, com um enredo de Martinho, começa afirmando que Zumbi, comandante da maior resistência quilombola do Brasil, foi um grande influenciador da abolição, desmitificando o heroísmo de quem foi obrigado(a) a assinar o papel. Pedem também pelo fim do apartheid. De lá pra cá melhorou muita coisa, mesmo com a desigualdade enorme que ainda existe. Em 1988, era ainda mais raro negros ocupando posições de prestígio.

Como vcs acham que as coisas melhoraram, mesmo que um pouco só? Os opressores acordaram num bom dia e resolveram distribuir direitos? Isabel pensou: “Gente, tadinho deles, bora dar a liberdade?”.

Não mesmo. Houve muita luta, morte e sofrimento pra gente pensar em acomodar agora. Temos sim que repetir, repetir e repetir. QUEREMOS IGUALDADE! A Constituição de 1988, em sua teoria, é tão linda e bem feita feita quanto a Bíblia. O difícil é a parte prática.

O karaokê de hoje é pelo fim do apartheid. Entra na minha bio e clica no link pra gente cantar o melhor da música de militância que o Samba pode nos oferecer!

Na ilustração: Zumbi dos Palmares. Um dos maiores responsáveis pelo seu feriado de amanhã. Zumbi foi o líder supremo no Quilombo que garantiu quase 100 anos de liberdade para o povo preto em plena época da escravidão. Zumbi e sua esposa Dandara são nossas maiores referências de resistência. Valeu, Zumbi!

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Especial Consciência Negra – Karaokê 18/20 – Dona Ivone Lara – Sorriso Negro

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“Um sorriso negro, um abraço negro, traz felicidade.”

Vamos falar dos nossos sorrisos? Afinal ser consciente não é só lutar e sofrer. A diversão se faz necessária para a cabeça e para a alma. E de todas as diversões, vou falar da minha favorita. Eu fico impressionado como o SAMBA está muuuuito entranhado em nossas vidas. Não precisa investir milhões em marketing como muitos segmentos fazem para poder manter a chama acesa. Óbvio que se a gente tivesse condições de fazer esses investimentos as coisas estariam bem melhores para quem trabalha no nicho. Mas a gente não tem. A gente só continua. Continua sambando pra esquecer momentaneamente os problemas, cantando pra encantar, tocando pra tocar o coração do nosso amado público. Não vejo nosso entretenimento como mais um uso da famosa política do pão e circo, com o objetivo de deixar o povo preto calado e inconsciente. Vejo como uma medicina natural para nos regenerar. Um momento de recarregar energias para as batalhas que ainda estão por vir.

Então vamos cantar a história de nossos sorrisos lá no youtube? Versão da Primeira Dama do Samba, a grande referência Dona Ivone Lara e Jorge Ben. O link está no meu perfil. E por falar em referência…

Na ilustração: Dona Ivone Lara. Essa rainha representa tudo o que há de melhor na cultura. Além da paz sem igual que ainda transmite através de suas músicas que nos deixou de legado, Dona Ivone também é símbolo de resistência negra e empoderamento feminino, uma vez que foi a primeira mulher a ser compositora de samba enredo. Salve, Dona Ivone!

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Especial Consciência Negra – Karaokê 17/20 – Pura Tentação – A Outra Ceia

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“Eu tive um sonho bom, gostoso de sonhar, durou a noite inteira…
Eu tive um sonho bom, sonhei com Oxalá, em plena sexta feira”

Sobre Sincretismo. Quando as religiões de matrizes africanas foram proibidas, e os negros foram obrigados a  cultuar exclusivamente a religião do homem branco, algo precisava ser feito para a devoção ancestral não se perder. Os negros, assim como fingiram que a capoeira era uma dança, passaram a associar cada Orixá a um Santo Católico. Desta forma, Ogum se disfarçou de São Jorge, Iansã de Santa Bárbara, e por aí foi. O problema foi que disfarçaram tão bem que, hoje em dia, apenas algumas gerações à frente, existem negros que tem medo de Candomblé. São nascidos, criados e habituados àquela religião que foi imposta na época da opressão. Isso não é errado, afinal não foi culpa nossa. E a religião imposta prega um amor verdadeiro, que mal pode ter né? A minha idéia não é converter ninguém pra religião que veio de lá do outro lado do oceano. Só é uma pena saber que muita gente ainda esconde que é “macumbeiro” por medo de julgamentos. O nosso país é laico, sem uma religião definida. Podemos adorar a Deus da forma que quisermos, ou podemos, inclusive, não acreditar em Deus nenhum.

Se você crê como eu creio, continue amando a Deus e seguindo os ensinamentos de amor, mas muito cuidado com certas gestões dessas instituições.

O karaokê de hoje é pra cantar pros Orixás. Tenho muito orgulho de ter essa consciência de que falar dessas entidades é falar de resistência. E a música é linda demais. Bora lá no canal soltar a voz? Link na bio.

Na ilustração: Mãe Menininha do Gantois. Foi a mais conhecida Ialorixá do Brasil. Foi a grande responsável pela difusão e propagação do candomblé na Bahia, conseguindo levar para o seu terreiro até personalidades da época, como Tom Jobim, Vinícius de Moraes e Dorival Caymmi.

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